Os chamados ossos de Ishango foram encontrados por arqueólogos na
região que, à época do achado, correspondia ao Zaire — atual República
Democrática do Congo. Trata-se de um osso de babuíno com uma
particularidade muito curiosa: entalhes que sugerem a primeira
“calculadora” utilizada pela humanidade, aproximadamente 18 mil anos
atrás (e não 9 mil anos, como se acreditava a princípio).
O artefato foi forjado foi forjado durante o paleolítico superior,
por uma sociedade que, eventualmente, acabou empurrada para fora do
território por ações vulcânicas. O que despertou a curiosidade dos
cientistas, entretanto, é a forma como os arranhões foram dispostos no
Osso de Ishango.
Há colunas em que, obviamente, dobram-se os valores — dois e quatro,
três e seis. Por fim, há uma coluna em que de 10 se vai a cinco
entalhes, em uma divisão, portanto. Há também uma coluna em que constam
todos os números primos entre 10 e 20 e, por fim, uma em que constam
apenas números múltiplos de 12.
Afinal, para que serve?
Apesar da obviedade em relação aos padrões matemáticos encontrados no
Osso de Ishango, os cientistas não chegaram a uma resolução definitiva
sobre a utilidade original do artefato. Fala-se de uma ferramenta para
explorar os limites da matemática, é claro.
Entretanto, a possibilidade de uma ferramenta didática não foi
excluída e, de fato, há quem considere que pode se tratar de alguma
forma de registro do calendário menstrual. Ou será apenas uma incrível
coincidência, oriunda de uma busca extensiva por padrões? Difícil
determinar... Mas você pode opinar abaixo.
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